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Pierre Weil:

 

 

Sensibiliza-se a respeito do preço da paz e do peso das fronteiras desde a infância: devido à sua condição de alsaciano, vivenciou conflitos religiosos na família, e políticos por conta das guerras na Europa, principalmente entre Alemanha e França.

 

Aos quatorze anos escreveu em seu diário: “Minha pátria é principalmente a Terra”, e propôs uma unificação da Europa, tanto econômica quanto fronteiriça, o que sucinta sua opinião antinacionalista e unificadora. Aos dezessete, já em plena 2ª Guerra Mudial, Pierre se junta aos ‘maquis’, força revolucionária francesa que objetivava expulsar o nazismo, mas como enfermeiro partisan, e não guerrilheiro, mostrando assim sua afinidade para com a paz.

 

Já famoso, Weil vivência uma crise existencial na qual só encontra resolução numa síntese entre a cultura ocidenta e oriental, ou seja, Psicanálise e Yoga. Em 1982 faz um retiro de três anos no Tibet para trabalhar seu lado pessoal com as ferramentas orientais de autoconhecimento, após esse retiro Weil se julga capaz de continuar a se dedicar à educação para a paz.

 

Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris. Foi aluno de grandes psicólogos e de grandes educadores, tais como Henri Wallon, André Rey, Jean Piaget,m Leon Walther,Henri Piéron e André Rey. Sua formação como psicoterapeuta se deu com Igor Caruso, Jacob Moreno, Zerka Moreno e Anne Ancelin Schützenberger.

 

Foi um dos responsáveis pela regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil.

 

Assumiu na Universidade Federal de Belo Horizonte a cátedra em Psicologia Social, posteriormente ocupando a primeira cátedra em Psicologia Transpessoal, disciplina na qual é um dos pioneiros.

 

Em 1980 foi lançado pela Editora Vozes o livro escrito por Pierre Weil e Roland Tompakow chamado O Corpo Fala.

 

 

Em 1986, Weil redige a “Mersalha da Paz” um hino que tenta contrariar o modelo tradicional dos hinos nacionais que exibem um nacionalismo exacerbado e uma cultura de violência e de guerras. Este hino remete ao desejo de Weil pela unificação e pacificação mundial, e foi também chamado de “Hino do Planeta”.

 

A partir de 1987, até falecer em 2008 exerceu a função de reitor da Unipaz - Universidade Holística Internacional, sediada em Brasília.

 

A UNIPAZ, criada por ele a pedido do então Governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira, é a união da Universidade Holística Internacional com a Fundação Cidade da Paz. Seu propósito é difundir acultura da Paz.

 

A forma de ensino da UNIPAZ é um exemplo da transdisciplinariedade proposta por diversas recomendações da UNESCO. A estrutura de ensino da UNIPAZ é baseada em três níveis, os de: sensibilização, de formação e de pós-formação, de pesquisas e de ação reparadora daquilo que o ser humano desorganizou ou destruiu em si mesmo, na sociedade ou na natureza. Que pode ser exposta da seguinte maneira:

 

  • A Paz consigo próprio (Ecologia e Consciência individuais), sobre os planos do corpo, das emoções e do espírito.

  • A Paz com os outros (Ecologia e Consciência Sociais), sobre os planos da economia, da sociedade e política, e da cultura.

  • A Paz com a natureza (Ecologia e Consciência do Universo), sobre os planos da matéria, da vida e da informação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A UNIPAZ como parte da Rede Internacional para uma Cultura de Paz, a UNIPAZ, no Brasil, é um movimento de educação, cuidado e práticas integrativas para o despertar de uma consciência de inteireza, de onde emana a paz nas ecologias individual, social e ambiental, rumo a sustentabilidade com ética e respeito à vida.

 

Seu atual reitor é o psicólogo e antropólogo Roberto Crema e a coutora em Psicologia Lydia Rebouças exerce o cargo de vice-reitora.Fiel ao seu lema: "Pontes sobre todas as fronteiras", a Rede Internacional de Educação para a Paz da UNIPAZ, através de seus núcleos, é um local de encontro e partilha, de ampliação de conhecimentos e de vivências, onde todos são convocados a fazer a sua parte na construção de uma nova visão de mundo, que respeite as singularidades e as diferenças de cada ser, promovendo a unidade na diversidade.

 

Cidadania e consciência andam juntas: eternos aprendizes que somos experimentamos a ecologia profunda que abrange o indivíduo, a sociedade, o planeta e o universo.Com base nesses princípios, a UNIPAZ busca soluções que possam contribuir para: * Despertar uma nova consciência.* Desenvolver a Paz: Consigo Mesmo (Ecologia Interior); Com os Outros (Ecologia Social); Com a Natureza (Ecologia Planetária) e* Contribuir para preservar a vida do Planeta.

 

 

Princípios Éticos da Universidade Internacional da Paz: 

 

 

Os princípios que regem a UNIPAZ e a Rede Internacional para uma Cultura de Paz são:

 

I - INTEIREZA

 

1. Estar atento à utilização da terminologia holística (do grego Holos: inteiro), levando em conta que o novo paradigma considera cada evento como sendo uma parte e um reflexo do todo, conforme a metáfora do holograma. É uma visão na qual o todo-e-as-partes estão sinergicamente em inter-relações dinâmicas, constantes e paradoxais.

 

2. Cultivar discernimento, tolerância, respeito, alegria, simplicidade e clareza nos encontros entre representantes das Ciências, Filosofias, Artes e Tradições Espirituais, necessários para a abordagem transdisciplinar em equipe.

 

3. Focalizar com abertura e exame crítico a complementaridade e a contradição na consideração do relativo e do absoluto, da vida quantitativa e da qualitativa, a serviço da vida, do homem e da evolução.

 

 

II – INCLUSIVIDADE

 

4. Respeitar a fonte das Ciências, Filosofias, Artes e Tradições Espirituais, ao mesmo tempo em que a singularidade destas.

 

5. Reconhecer e respeitar cada ser e cada cultura como manifestações da realidade plena.

 

6. Levar em consideração o fato de que o produto de toda criatividade não tem, em última instância, nenhum proprietário, respeitando, contudo, os autores individuais e coletivos.

 

 

III - PLENITUDE

 

 

7. Ser solidário com o outro na satisfação de suas necessidades de sobrevivência e de transcendência.

 

8. Colaborar com o outro na preservação do bem comum e na convivência harmoniosa com a natureza.

 

9. Buscar um ideal de sabedoria coeso na dimensão do amor e do serviço.

"Para recriarmos a História, precisamos conhecê-la. Para atingirmos a Paz, devemos merecê-la. A política da Paz é o único caminho para esse mundo novo se tornar real. " - Cris Gouvêa  
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