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Diz a lenda que em tempos antigos, haviam civilizações importantes muito anteriores a Suméria, Egito ou a cultura Maya.

 

Se refere a uma verdadeira humanidade perdida que se remonta à era do "dilúvio universal", um evento catastrófico que não importa qual parte do mundo vamos, ouvimos mencionar. 

 

Lemúria, Hiperbórea ou Atlântida, são alguns dos nomes que indicam o tempo "pré diluviano" extremamente desconhecido para o homem. Essas civilizações pré-históricas existiram.

 

E ao conhecer sua destruição -  um grupo de professores sábios estabeleceram em refúgios previamente construídos sob a superfície do planeta em áreas de difícil acesso, como desertos gigantes, altas montanhas e florestas impenetráveis.

 

Essa lenda argumenta ainda que, em sua nova morada subterrânea depositaram o conhecimento da cultura, um arquivo inimaginável de sabedoria, e seria disponibilizado para a a humanidade da superfície quando esta se demonstrasse estar preparada para conhecer a sua verdadeira origem, destino e missão.

 

Assim, suas moradias subterrâneas foram transformadas em templos, e desde então foram chamados Retiros Interiores.

 

O Decálogo – conjunto de regras -  sintetiza parte dessa sabedoria espiritual que protegem e que recorda a essência dos ensinamentos filosóficos mais importantes do Mundo Antigo.

 

 

 

Primeira Lei: "O verdadeiro estudante da vida começa a estudando a si mesmo.

 

 

"Este princípio afirma que o verdadeiro estudante  do infinito Cosmos, ao compreender a existência e a natureza de uma gota de água pode fundir-se ao oceano. Cada existência se encontra interligada e é regida pelas mesmas leis.

 

De acordo com antigos ensinamentos,  a observação cuidadosa de si mesmo pode se tornar uma ferramenta poderosa para penetrar os mistérios da natureza e seus mecanismos.

 

Os Mestres da Fraternidade Branca se destacam por seu profundo conhecimento do planeta e do universo. Sua fórmula é baseada não apenas no importante arquivo de informações que guarda em seu Retiro interior, mas na compreensão de si mesmos como parte desse todo. Portanto, o primeiro princípio do código espiritual afirma que se deve começar a pesquisar sua própria realidade interior. 

 

O silêncio e a meditação são bons conselheiros para a aquisição de momentos de paz e clareza, instantes onde nossas mentes "verão" claro e poderão avaliar, sentir e interpretar o nosso caminho. Os Mestres dizem que a mente deve observar sem julgar o que você vê. Nossa intuição avisará sobre os passos corretos para nossa evolução e aprendizagem, e as circunstâncias e ações que em uma próxima ocasião deveríamos evitar.

 

Olhar nossas vidas de fora, é um bom exercício para entender por outra perspectiva o maravilhoso milagre que é a nossa existência, e da qual nós podemos ver o universo inteiro.

 

 

 

Segunda Lei:  "A verdadeira luz brilha ou cega segundo a atitude do estudante."

 

 

Para a crença hindu, a Luz é parte da criação do universo através da exalação de Brahmam ou o "Big Bang" que sugerem nossos cientistas atuais. Luz seria a informação que a tudo permeia. Os Mestres da Fraternidade Branca afirmam que há "vários" estados da natureza da luz. Eles dizem que a luz pode ser alterada, modificada e usada na consciência para diferentes fins.

 

O segundo princípio do Decálogo, refere-se a luz como uma alegoria que vai além deste conceito. Ele fala da luz como conhecimento. Sustenta que a sua verdadeira natureza é perfeita, e que depende inteiramente do receptor usar com equilíbrio essa revelação. Em outras palavras, este princípio ensina duas coisas específicas:

 

1. O verdadeiro conhecimento é por natureza inócua. Não vá para a esquerda ou direita, não perca o seu equilíbrio. Simplesmente, "É."

 

2. É responsabilidade do aluno fazer bom uso do conhecimento. Isto pode "iluminar" – evolução da consciência- ou "cegar" -confundir, desorientar- se emprega um mau uso do recebido.

 

O mal uso do Conhecimento tem sido registrado desde os tempos antigos. Grandes civilizações precipitaram seu desaparecimento ao perder a linha original dos ensinamentos recebidos. Por isso, a "luz" brilha ou cega de acordo com a nossa atitude.

 

 

 

Terceira Lei: "O verdadeiro soldado da luz batalha amando o seu inimigo."

 

 

Toda ação tem uma energia. Desde o ato de guerra até as mais sublimes manifestações de amor.

 

Experiências científicas têm demostrado que um pensamento positivo tem maior energia do que um conjunto de pensamentos negativos. Portanto, combater fogo com fogo, não é a melhor fórmula, e ainda mais quando os princípios universais - como a de causa e efeito - estão constantemente operando.

 

O Decálogo diz que os verdadeiros "soldados da luz" enfrentam as coisas com amor. E se refere ao aluno como "soldado" porque a jornada humana está no meio de uma intensa luta de forças e influências.

 

O sábio chinês Lao Tse ensinou uma maneira correta de lidar com este conflito: o silêncio.

 

Em um mundo onde é evidente a luta de forças, a paz interior é a espada que protege o guerreiro da luz. Um guerreiro que compreende a natureza de seu oponente. Por isso o ama, ele não o odeia.

 

O verdadeiro soldado da luz batalha amando o inimigo, porque sua luta não é um ato de resistência, mas da não-resistência, uma atitude cheia de paz, tranquilidade, compreensão, perdão e, consequentemente, o controle da situação.

 

 

 

Quarta Lei: "A verdadeira proteção encontra-se no controle do medo interior".

 

 

 

Os Mestres da Fraternidade Branca são semelhantes aos monges orientais. Eles têm uma grande espiritualidade e sabedoria, mas não por isso, deixam de ser fortes e firmes.

 

Uma das suas principais tarefas é equilibrar a luta de forças que existe no mundo. Este novo princípio tende a explorar um pouco mais estas situações de conflito, falando especificamente de medo e proteção.

 

O que é proteção? Por que a sua eficácia depende do controle de nossos próprios medos? Normalmente, nós definimos como "medo" intensa emoção desagradável, desencadeada pela percepção de perigo, seja real ou suspeita, ante a uma situação indesejada, ou enfrentar uma experiência desconhecida, desenvolvendo em tempo presente ou com preocupação que ocorra no futuro.  

 

O medo opera como um mecanismo natural de sobrevivência e adaptação. Se ele extrapola ante a situações que tem controle, poderia ser interpretado como um equívoco. O medo pode muitas vezes se derivar da "ignorância".  O controle de medo é uma ferramenta fundamental para enfrentar situações de risco ou perigo.

 

Os Grandes Mestres da história humana sempre enfatizaram não temer, pois a verdade estava viva e nada poderia prejudicá-los. Quando o caminhante sabe como operam as leis universais, o medo irracional começa a desaparecer.

 

A verdadeira proteção encontra-se em controlar o medo interior porque é inútil conhecer as leis e ser assistido por forças superiores, se na mesma medida temos medo e apreensão. A maior proteção do caminhante é o domínio de seus próprios fantasmas e medos.

 

 

Quinta Lei: "O verdadeiro professor ensina com o exemplo."

 

 

 

"A ação determina como pensamos."

 

O Decálogo afirma -somando a tantas filosofias antigas- o verdadeiro mestre ensina pelo exemplo; ou seja, que o poder de sua sabedoria se encontra na ação, no trabalho, como reflexos de seus pensamentos. Um mestre é um veículo de conhecimento. E deve inspirar principalmente com sua própria vida.

 

Segundo a Irmandade Branca, existem quatro verdades sobre o mestre espiritual:

 

1. Um verdadeiro mestre não procura gerar dependências. Tente treinar novos professores e não mais discípulos permanentes. Sua missão não está em formar seguidores, mas consciências livres.

 

2. Um verdadeiro mestre é humilde por natureza. Não é perfeito, apesar de seu conhecimento. Você pode cometer erros em sua boa intenção, mas também reconhece o erro e altera com amor e paz.

 

3. Um verdadeiro mestre não obriga a aceitar os seus ensinamentos. Nem impõe seu ponto de vista. Ele expõe apenas com amor e sabedoria. Outorga sem juízo algum o conhecimento e deixa que os ouvidos que estão prontos para ouvir, ouçam.

 

4. Um verdadeiro mestre é coerente em suas ações com o que ele diz e ensina. Se não, algo não está indo bem.

 

 

Sexta Lei: "O verdadeiro mensageiro é aquele que só transmite a mensagem."

 

 

Um mensageiro é uma ponte de informação. Um instrumento do Universo para trazer conhecimento ou ensinamento. Portanto, o Decálogo sugere que a sua participação neste importante trabalho não altera a verdadeira natureza da mensagem que deve ser entregue.

 

Caso contrário, isso poderia afetar a essência do que é recebido. Os ensinamentos dos Mestres enfatizam que tudo o que vivemos no contato, devem ser transmitidos tal qual aconteceu, sem julgamento, sem resistência, sem tentar interpretar a verdadeira essência das coisas que nos foram dadas.

 

Um verdadeiro mensageiro transmite apenas a mensagem, sem alterar em qualquer circunstância. E perceber, é claro, que a mensagem é mais importante do que o mensageiro.

 

 

 

Sétima Lei: "A verdadeira fé se sustenta no conhecimento."

 

 

 

Estamos diante de uma das forças mais poderosas do universo! Uma força que pode ser usada por seres humanos para mudar o curso dos acontecimentos, mudar a sua vida, o ambiente ou o próprio planeta. Poderia dizer que é uma energia, capaz de fazer qualquer coisa.

 

Mas ninguém sabe exatamente o que é a fé. É geralmente definida como "a convicção de que não se pode ver."

 

Também poderia ser traduzido como acreditar. E aqui começam a operar os princípios universais, o "segredo" que está por trás da fé. Fé, na verdade, não é um ato cego e irracional. A razão de ser da fé pode ser em um conhecimento que a sustente, que explique por que e como atua.

 

Será que isso significa que podemos mover montanhas fisicamente, como Jesus disse? Sem dúvida. Pode. Mas para alcançar aquelas coisas incríveis devemos gerar uma quantidade significativa de energia. Pelo menos, o volume de uma semente de mostarda. Este princípio ensina que a fé não move montanhas apenas por sentimentos e desejos humanos, por mais poderosos que sejam.

 

Ele fala das leis espirituais poderosas que poderiam explicar como funciona o que chamamos de fé. Se somarmos esse conhecimento com nossa poderosa capacidade de criar o que cremos, teremos cruzado a linha que separa o discipulado do Mestre.

 

De acordo com os Mestres, as sete declarações originais estão concentradas especialmente no caminhante. Na pessoa ou ser que sente viver e realizar a luz.

 

 

NOTA: Este artigo foi adaptado a partir do livro "Los 10 Principios Espirituales de la Hermandad Blanca" de Ricardo González. (vide legadocosmico.com).

 

 

Se quiserem mais profundidade sobre a Fraternidade Branca, acessem o blog que fiz sobre o assunto:

 

www.agrandefraternidade.blogspot.com.br

 

 

"Para recriarmos a História, precisamos conhecê-la. Para atingirmos a Paz, devemos merecê-la. A política da Paz é o único caminho para esse mundo novo se tornar real. " - Cris Gouvêa  
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